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Gabi Freitas | setembro 7, 2016
Como é a comida em Londres
Na casa
Um dos principais fatores que preocupam os brasileiros nas viagens fora do país com certeza é a comida. Na Inglaterra então, sempre acham que os pratos serão carregados de feijões enlatados e regados a óleo por conta do tradicional Fish and chips. Entretanto, a realidade que vivencie foi outra. Claro que o fato da minha host mother ser cubana colaborou para sempre haver saladas, sopas, frangos e peixes grelhados. Isso mesmo, não havia fritura todos os dias.
Por isso, posso dizer que tive muita sorte, pois diferente de algumas amigas, gostei muito da comida que a família cozinhava no dia a dia. Apesar da particularidade destes que me hospedaram, percebi que em Londres, principalmente na região mais central, as pessoas tentam levar uma vida saudável. A qualquer horário do dia, por exemplo, haviam pessoas correndo ou andando de bicicleta. Além disso, as pessoas eram magras e era difícil encontrar alguém acima do peso.
Fast-foods
Voltando ao assunto comida, não tive muitas dificuldades no horário de almoço. Essa era a minha única refeição fora da casa, pois quando fechei o pacote, me disseram que eu iria ter direito ao café da manhã e jantar todos os dias. Para não viver um mês em fast-foods como Subway e Mc Donald’s, decidi experimentar as redes de comida “natureba”que haviam a cada esquina, elas eram o EAT e o Pret a Manger.
O esquema dessas lojas é simples. Ao entrar existem várias geladeiras com sanduíches, sucos naturais, chás, sopas, saladas e macarrão, tudo dos mais variados sabores. Além disso, há uma parte com frutas no potinho, iogurtes com granola e doces como mousses. Após pegar tudo o que deseja, é só ir em direção ao caixa e pagar. Detalhe, na fila há prateleiras com barras de brownies, chocolates e cereais, também há saquinhos de frutas secas com ou sem chocolate e bolachas de arroz cobertas com chocolate amargo. No caixa, perguntam se desejamos algo a mais como doces ou café e se é para comer no local ou para viagem. O legal disso é que os preços variam dependendo da escolha, ou seja, caso deseja comer no local, o valor será um pouco maior em relação aos que pediram para viagem.
Passei o mês inteiro comendo nestes lugares, pois haviam saladas divinas (as que mais gostei foram a japonesa e árabe) e lanches na baguete realmente muito saborosos. Outra vantagem, além do sabor, é o fato da comida ser fresca. Todas as manhãs é retirado tudo o que sobrou do dia anterior e no lugar colocam a comida feita no mesmo dia. O Pret a Manger e o EAT serviam mais para o almoço, pois quando queríamos um café ou um docinho, íamos ao Café Nero ou o Costa Café que eram uma espécie de Starbucks, mas com a vantagem de não ser tão caro.
Apesar dessas opções, quem deseja realmente gastar pouco, pode optar pelos mercados. São excelentes, existem mercadinhos da mesma rede a cada esquina com pratos de comida ou lanches mais baratos em comparação as redes fast-foods. Outra coisa que também achei muito interessante foi o fato de não haver padaria, pois os mercados atendem super bem a demanda de pães, que aliás possuem um leque enorme de opções, e doces como cookies, brownies, cupcakes, bolos e todas as delícias de padaria.
Em relação a comida, o último fato que me chamou muita atenção foi a existência de várias redes de comida asiática no geral. Explica-se isso, talvez pela presença constante de asiáticos em Londres, na verdade não sei!
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Na casa Um dos principais fatores que preocupam os brasileiros nas viagens fora do país com certeza é...
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Gabi Freitas | outubro 23, 2015
Intercâmbio: Aula de Moda 3
Durante a manhã
Quinta foi um dia agitado, como havia agendado o pagamento de uma viagem bem no dia da aula de moda, foi tudo muito corrido. No dia anterior havia conversando com uma funcionária do Language Center que me indicou uma agência de viagens para intercambistas, ou pessoas que não quisessem desembolsar muita grana. Tinham quatro passeios durante o mês, um por final de semana, e os lugares eram Brighton, Cambridge, Oxford e Stonehenge and Bath. O destino do final de semana seria Brighton e era possível fazer o pagamento pela internet, entretanto, eu havia levado apenas dinheiro e precisaria pagar na agência. O único dia disponível para fazer isso era quinta, mesmo dia do curso de moda, no horário de almoço.
Tivemos que correr, pois a aula de inglês acabava 12:30 e a de moda começava às 14:00, portanto, tinhamos que almoçar, ir à agência, a qual não sabíamos ao certo onde era, e seguir para o curso de moda. Ficamos aflitas, mas ao final deu tudo certo. Achei incrível a facilidade que tive em andar pela cidade. Como havia metrô em todos os cantos, caso estivesse perdida, era apenas pegar um ônibus, pois certamente ele passaria perto de alguma estação. Claro que com a ajuda do google maps e de um aplicativo chamado Tube Map ficava tudo mais fácil, mas mesmo sem esses recursos é tranquilo andar pelas ruas por conta da boa sinalização e das pessoas que costumam ser gentis quando pedimos alguma informação.
A aula de moda
Após toda essa correria chegamos à aula de moda 10 minutos atrasadas, mas não fomos as únicas e, como era uma faculdade, a professora não se preocupou com o atraso contanto que não atrapalhássemos a aula. Essa terceira aula foi praticamente uma continuação da segunda. Continuamos procurando imagens inspiradoras para fazer a mood board, mas dessa vez tivemos que começar a eliminar o excesso para filtrar apenas as fotos necessárias e separá-las por tópicos em boards diferentes. Ao total teríamos que ter cinco mood boards, sendo uma com a inspiração e essência geral e as outras quatro mostrando os Key Elements que são a silhueta, os materiais, as estampas e os detalhes. O objetivo era terminar essa jornada, como a professora dizia, antes da próxima aula a qual iríamos apresentar a pesquisa ao grupo.
Como eu já sabia ao certo as imagens que iria utilizar, comecei a adiantar o processo montando as boards. A mais complicada foi a mood board das inspirações, pois haviam muitas fotos e tive que filtrar apenas as essenciais, mas apesar dos pequenos obstáculos a montagem foi bem tranquila. Infelizmente não consegui terminar tudo em aula, portanto, tive algumas tarefas de casa que provavelmente iria fazer no domingo.
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Durante a manhã Quinta foi um dia agitado, como havia agendado o pagamento de uma viagem bem no...
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Gabi Freitas | outubro 16, 2015
Intercâmbio: Saatchi Gallery
Saatchi Gallery
Quarta foi um dia interessante. Como minha aula de inglês foi na Saatchi Gallery, uma grande galeria que estava expondo uma exposição de Pop art chamada “East meets west” – Leste encontra o oeste, o dia foi diferente. No entanto além de visitar a galeria, ainda fui conhecer a famosa Carnaby Street, uma rua próxima a Oxford Street com diferentes lojas e pubs.
Vou começar falando da galeria. A Saatchi Gallery fica em uma região nobre de Londres e sua estação mais próxima é a Sloane Square da Circle Line. A entrada é gratuita e, pelo menos o dia em que visitei, não havia nenhuma exposição fechada que fosse preciso pagar um determinado valor. A galeria era grande e sua estrutura bem moderna, ela era divida em 19, ou 20 espaços não me lembro ao certo, que eram pequenas galerias, cada uma com uma exposição. Segui a numeração correta e comecei em uma sala onde haviam obras como sofás, portas pintadas e coisas que não faziam muito sentido. Percebi que algumas pessoas olhavam e comentavam que conseguiriam fazer aquilo facilmente, mas é equivocado pensar isso, pois o artista criou um conceito antes de expor a peça e é este conceito que faz a obra se tornar legítima.
Seguindo o caminho, entrei em uma sala onde haviam instalações. A primeira era um conjunto de panelas antigas penduras em meio a um fundo com duas pinturas penduradas na parede, o chão estava coberto por papelão. Do outro lado, era possível ver outra, desta vez um aspirador antigo com suas peças organizadas na frente. Achei muito interessante esta obra, pois de certa forma mostra que a organização e o caos andam juntos e, além disso, que em toda organização existe um pouco do caos.
Entrei em outra galeria, essa tinha ambientes decorados com móveis e quadros, além de uma parede totalmente coberta por papel de parede estampado. Segui em direção a outras salas, essas tinham quadros. O legal da Saatchi Gallery é isto, a variedade de expressões artísticas, ora em quadros, ora em instalações ou esculturas, havia de tudo e o que mais me surpreendeu foi uma sala no andar debaixo um tanto curiosa. Nesta sala tinhamos que parar logo em uma espécie de sacada, sendo possível observar apenas uma sala de chão preto, mas com aspecto de vidro. Entretanto, ao ler as informações da obra, descobrimos que a sala estava coberta por óleo.
Após me impressionar com a sala coberta por óleo, continuei vagando pelas galerias e cheguei nas partes de Pop art, a mais adorada por todos, e a oriental. Uma outra obra que me impressionou muito, foi a que havia em uma sala com o teto bem alto. Nela havia a bandeira de todos os países feitas de cola e cabelo humano. Pode parecer bizarro, mas o fato de ter sido tão trabalhoso impressiona a todos que ali passam. As últimas galerias que visitei eram bem críticas, haviam posters com perguntas profundas e uma escultura chamada Hero, Leader, God de Alexander Kosolapov que, ao meu ver, é bem irônica. Terminei a visita a Saatchi Gallery e voltei a universidade conversando com o meu professor de inglês, acabei encontrando minha amiga, almoçamos e fomos para a Carnaby Street.
Carnaby Street
Essa rua fica próxima a Oxford Street e é um dos lugares mais diferentes dessa região coberta de marcas famosas. A rua, na verdade um conjunto de ruas, possui vários “becos”que ao entrar, encontra-se lojas e pubs. Considero uma área diferente da região, pois nem todas as lojas são de marcas conhecidas e pelo fato de abrigar pubs e restaurantes com um ar mais calmo e aconchegante. Além disso, as lojas são coloridas e as vitrines bem decoradas. Andando pela rua, também haviam várias portas coloridas, adoro tirar fotos delas, e construções bem características, mas um tanto modernas.
Passeamos pelas ruas e entramos em várias lojas. Tinham lojas de roupas e sapatos que não conhecia, mas também tinham marcas famosas como Vans, MAC, Benefit e até mesmo Havaianas, sim encontramos uma Havaianas em Londres. A loja que mais gostei foi uma chamada Monki, além das roupas serem bem diferentes, os preços variavam muito tornando a loja acessível. Depois de passear pela Carnaby Street, minha amiga queria ir a Victoria’s Secret para comprar perfumes. Foi difícil achar a loja, nos perdemos inúmeras vezes, mas valeu a pena, pois o ambiente era enorme, haviam 5 andares, e tinham muitos produtos.
Terminamos o dia comendo no Ben’s Cookies, os soft cookies mais saborosos do mundo, e observando o movimento das pessoas voltando para suas casas após mais um dia de trabalho.
Deseja saber um pouco mais sobre a Saatchi Gallery e a Carnaby Street? Então deixe o seu comentário!
Saatchi Gallery Quarta foi um dia interessante. Como minha aula de inglês foi na Saatchi Gallery, uma grande...
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Gabi Freitas | outubro 8, 2015
Intercâmbio: Palácio de Buckingham
Palácio de Buckingham e Green Park
Na terça, após a aula, decidimos visitar o Palácio de Buckingham. Infelizmente, por ser inverno, ele não estava aberto para visitas, portanto, só foi possível andar em volta e tirar fotos. Entretanto, além da visita a residência real, como fomos de metrô, foi possível passar pelo Green Park, pois a estação de metrô mais próxima do Palácio é a Green Park da Victoria Line. Saindo da estação seguimos o caminho do parque por mais ou menos 10 minutos, atravessamos a avenida e já era possível observar as primeiras janelas do Palácio. Como estava no final do inverno, as árvores do parque ainda estavam sem suas flores, mas nem por isso menos belas.
Como o dia estava nublado nem ficamos muito tempo no parque, aliás estava bem frio, apenas seguimos o caminho e atravessamos a rua. O Palácio é muito bonito, mas esperava que fosse um pouco maior. No tempo que ficamos lá foi possível tirar fotos e gravar os guardinhas que ficavam do lado de dentro. Não haviam muitas pessoas, mas as que tinham não desgrudavam do portão esperando um pequeno movimento dos guardas. Houve um momento em que esses guardinhas, eram dois, saíram de suas cabines e começaram a marchar um em direção ao outro e bastou isso, apenas dois guardas, para prender a atenção dos que estavam em volta.
Tiramos muitas fotos do Palácio e da grande estátua da rainha Victoria, gravamos os guardinhas marchando e voltamos à estação de metrô. Acho muito interessante essa tradição que os ingleses possuem, parece ser algo bem equilibrado, pois cada um possui sua vida independente se a realeza existe ou não, mas mesmo assim valorizam a tradição local.
Voltando ao Green Park, comecei a reparar os edifícios que haviam em volta, não eram muitos, mas possuíam as belas características dos prédios de Londres que chamam atenção de todos que ali passam. São prédios antigos, muitos restaurados, que podem facilmente te transportar para outras décadas. A maioria deles, em Londres no geral, eram de tijolinho ou tinham em sua estrutura detalhes que lembrassem outros tempos.
Piccadilly Circus
Quando chegamos à estação ainda era cedo e não queríamos voltar para casa, portanto, fomos andar pelo Piccadilly Circus. Decidimos ir ao M&Ms World, pois a minha amiga brasileira Juliana não tinha conhecido a loja. No caminho para o Piccadilly Circus, estava tentando lembrar qual o trajeto que havia feito junto às garotas de Taiwan, mas não consegui lembrar e quando chegamos nos perdemos pelas ruas. Em qualquer outro lugar eu iria considerar isso ruim, entretanto, passamos por ruas cheias de pubs, restaurantes, lugares para um chá da tarde e lojas de todos os gêneros. As que mais chamavam atenção foram as de doces que eram muito coloridas.
Também passamos por ruas com casas, fotografei inúmeras portas coloridas, e até encontramos um teatro. Depois de andar muito pelas ruas e lojas, chegamos ao M&Ms World. Como já expliquei em um post anterior, a loja era enorme sendo possível se perder facilmente entre a multidão louca para encher seus saquinhos transparentes com os chocolates que saíam dos grandes tubos coloridos. Encantada mais uma vez com a loja, voltei para casa com a esperança de chegar a tempo para o jantar.
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Palácio de Buckingham e Green Park Na terça, após a aula, decidimos visitar o Palácio de Buckingham. Infelizmente,...
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Gabi Freitas | outubro 1, 2015
Intercâmbio: Victoria and Albert
Victoria and Albert Museum
Segunda foi um dia cheio, além da aula de inglês pela manhã, no período da tarde fui conhecer o Victoria and Albert, um museu que expõe peças relacionadas a moda e design. Sua localização é boa, ele fica na Cromwell Road que é uma rua cheia de museus. O V&A, por exemplo, fica ao lado do Natural History Museum. A estação mais próxima é a South Kensington da Piccadilly Line, portanto, para quem está no centro é muito fácil de chegar.
Após sair da estação e avistar o museu, não sabíamos qual era a entrada principal, então, seguimos o fluxo da excursão escolar que estava ocorrendo e entramos pela lateral. Ao entrar, havia um largo corredor com várias esculturas. Seguindo esse corredor, via-se entradas para outras salas. Uma das primeiras que entramos tinha uma grande exposição e uma linha do tempo da moda que mostrava a evolução das vestimentas femininas ao decorrer das décadas. No andar de cima estava exposto uma coleção de vestidos de noiva, mas não subimos para conferir, pois a fila era grande.
Seguindo o corredor, entramos nas salas relacionadas a design de interiores. O interessante é que a parte de design era dividida por continentes, ou seja, tudo que tivesse características e origens asiáticas estaria na sala direcionada ao design da Ásia. Ficamos mais tempo na parte oriental do que nas outras, pois haviam grandiosos tapetes e peças com uma riqueza inimaginável de detalhes.
Voltando ao corredor, olhamos as grandes janelas do museu e percebemos um grande pátio com uma fonte do lado de fora, mas como estava muito frio, decidimos continuar a visita por dentro do museu. Um detalhe interessante dos museus em Londres é o fato deles disponibilizarem a retirada de pequenos bancos para as pessoas poderem sentar pelas salas e corredores, pois muitos o visitavam para observar as obras e desenha-las.
Ao final do grande corredor, encontrava-se a loja do Victoria and Albert. Gostei muito das lojas dos museus que frequentei, pois são ótimos lugares para encontrar lembrancinhas simples e criativas para amigos e parentes. A do V&A então nem se fala, haviam várias peças de decoração, livros, e acessórios dos mais variados tipos, até latas de chá e biscoito tinham. Também achei muito interessante as prateleiras cheias de louças desenhadas a mão, apesar de lindas eram caras, mas não custava nada observar.
Depois do passeio e compras na loja do museu, fomos a caminho de Stratford, aquele shopping perto da casa onde estava hospedada, pois precisava comprar casacos e não estava achando o modelo que eu desejava em lugar algum. Passei o resto da tarde andando pela Forever 21 e achei os casacos, mas estava na dúvida em qual levar. Acabei escolhendo um sobretudo preto. No shopping era tudo bem mais calmo, a não ser a Primark que era lotada em qualquer lugar, tinha mais opções de roupas e era possível experimentá-las sem ter que pegar uma enorme fila.
Comprei as roupas e voltei para casa, pois queria continuar a minha pesquisa para a Mood Board do curso de moda. Afinal estava bem animada, porque adoro fotografia e juntar as imagens de acordo com as minhas ideias para a coleção foi algo bem divertido.
Quer saber um pouco mais sobre o Victoria and Albert Museum? Então deixe seu comentário!
Victoria and Albert Museum Segunda foi um dia cheio, além da aula de inglês pela manhã, no período...
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Gabi Freitas | setembro 24, 2015
Intercâmbio: Mood Board
Meu primeiro domingo em Londres foi calmo. Não sai para passear, nem encontrei nenhum amigo. Pode parecer ter sido um dia chato, mas foi bem produtivo. Acordei tarde, afinal eu acordava às 06:00h todos os dias, tomei café e arrumei meu quarto. Algumas horas depois, fui a um shopping em Stratford que ficava a duas estações de Snaresbrook, pois precisava comprar roupas para o meu irmão. Costumava ir a esse shopping, pois havia todas as lojas que me interessavam e era bem mais calmo que a Oxford Street, além de ser perto da casa onde estava hospedada. Aproveitei que estava por lá e comprei o meu almoço, logo após segui de volta para casa.
Minha Mood Board
Passei a tarde toda tecnicamente estudando, pois após a visita guiada ao Tate Britain, nossa professora nos orientou para fazer uma conta no Pinterest e começar uma pesquisa para unir nossas inspirações em uma só mood board. Iríamos trabalhar nela por mais ou menos duas semanas, pois após juntar todas as imagens precisaríamos apresenta-las para a sala. Como foi fácil encontrar minha obra inspiradora, passei a tarde toda procurando fotos em preto e branco de edifícios e sua estrutura, mulheres estilosas, decoração e de Londres no geral, pois afinal usei a cidade como inspiração.
Foquei em uma essência clássica, buscava muito preto e branco e formas estruturadas. A professora dizia que tudo isso era uma grande jornada a qual não sabíamos ao certo onde chegaríamos, mas para falar a verdade, a partir do momento em que escolhi Chanel como a marca para trabalhar, já havia ao menos uma noção do resultado da minha coleção. Juntando isso ao fato de que sempre fui uma pessoa bem decidida do que quero, não tive muitas dúvidas sobre a execução da mood board durante o processo.
Após várias imagens e muitos pins, organizei as fotos em uma “board”no Pinterest e comecei a peneirar as imagens para decidir quais ficavam e quais iriam sair. Quando percebi já era noite e mais um dia havia se passado em Londres.
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Meu primeiro domingo em Londres foi calmo. Não sai para passear, nem encontrei nenhum amigo. Pode parecer ter...
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Gabi Freitas | setembro 17, 2015
Intercâmbio: Westminster
Westminster: Big Ben, Parlamento, Abadia de Westminster e London Eye
Sábado foi denso, turistei uma boa parte do dia por Westminster, uma região central de Londres que abriga o famoso Big Ben, London Eye e o parlamento britânico. Acordei cedo e encontrei uma amiga na estação Holborn do metrô. Seguimos pela Piccadilly line até South Kensington e de lá trocamos para a District line. Andamos algumas estações e chegamos em Westminster (esse também era o nome da estação). O dia amanheceu “feio”, estava nublado com alguns momentos de garoa. Apesar do clima, fomos passear do mesmo jeito. Lembro-me que ao sair da estação , já era possível avistar o grande Big Ben com várias nuvens de chuva em volta dele.
Saímos próximo ao rio e, mesmo com chuva, subimos as escadas para chegar ao nível da rua e poder tirar fotos. Caminhamos todo o trajeto em volta do grande relógio seguindo em direção ao parlamento e a Abadia de Westminster. Durante o percurso paramos o tempo todo para fotografar o Big Ben, pois é possível tirar fotos dele sozinho, com algum ônibus passando ou até mesmo dele no fundo com uma cabine telefônica em primeiro plano. Após várias fotos do relógio, seguimos em direção a uma praça que fica em frente tanto do parlamento, quanto da Abadia de Westminster. Nesta praça, haviam estátuas de líderes como Oliver Cromwell e Nelson Mandela.
Uma das coisas que me impressionou em Londres foi essa proximidade entre os lugares. Em um curto espaço, era possível encontrar três edifícios famosos e isso não era exclusividade de Westminster. Além desses locais, atravessando o rio pela ponte, era possível se aproximar do Aquário e do London Eye, a famosa roda gigante. Apesar da fila estar pequena, não criei coragem para o passeio na roda, pois tenho um pouco de medo de altura. Mesmo assim, tirei várias fotos e continuei andando pelos arredores. Tinham alguns cafés e lojinhas de lembrancinhas, paramos em uma delas para ver o que tinha de interessante.
Após sair da loja, seguimos em direção a parte de trás do London Eye, local onde havia uma linda praça com várias árvores enfileiradas que renderam boas fotos. Seguindo a diante, havia outra praça com lugares para sentar e correr e vários comércios. Já que havia começado a chover, seguimos para a estação Waterloo e decidimos ir para a Oxford Street, pois a minha amiga precisava fazer algumas compras.
Oxford Street
Antes das compras, paramos para almoçar no Mc Donald’s, pois estávamos curiosas para saber como eram os hambúrgueres em Londres. Os lanches eram bem diferentes e por mais que afirmem a existência de Big Mac em todos os países, não me lembro de tê-lo visto como opção. Acabei escolhendo um de frango e não tive muita sorte, pois ele estava bem apimentado mas, apesar da experiência picante, o lanche era bom.
Já satisfeitas com a refeição, começamos nossa peregrinação pela Oxford Street. Entramos em lojas diferentes como a Accessorize e Disney. A Accessorize, por ser inglesa, esbanja fofura a cada esquina e a Disney Store, como é Disney, sempre tem as pelúcias dos mais variados personagens e diferenciados brinquedos e acessórios. Também passamos na Primark e terminamos o dia na estação Marble Arch indo em direção as nossas casas.
O que achou desse dia de turista? Deixe sua opinião nos comentários!
Westminster: Big Ben, Parlamento, Abadia de Westminster e London Eye Sábado foi denso, turistei uma boa parte do...
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Gabi Freitas | setembro 8, 2015
Intercâmbio: Tate Britain e aula de moda 2
Segunda vez no Tate Britain
Na sexta-feira, além da aula de inglês no período da manhã, tive a segunda aula de moda. Dessa vez, ao invés de ir para o prédio do London College of Fashion, nossa aula ocorreu no Tate Britain. Sim, na quinta-feira a aula de inglês foi neste museu e na sexta a aula de moda também. Para minha sorte, já conhecia um pouco o museu e sabia ao certo o que havia chamado a minha atenção. Afinal, precisávamos selecionar uma obra ou galeria existente no museu que iria servir de inspiração para a criação e montagem da coleção.
Diferente da visita do dia anterior, a professora contratou um guia para selecionar as obras mais marcantes de cada época e nos explicar toda a técnica e história delas. Após a visita guiada, ainda tínhamos tempo para andar mais um pouco pelas salas do Tate Britain sem o grupo. Como já tinha visto uma galeria que me inspirou muito, apenas voltei ao local para tirar fotos e adquirir um pouco mais de informação sobre a artista, no caso uma fotografa chamada Karen Knorr.
A exposição inspiradora
A galeria continha duas séries de fotografias em preto e branco que retratam momentos e atitudes da alta sociedade londrina entre a década de 70 e 80. A primeira série chamava Gentlemen e a segunda Belgravia. Junto a cada foto, havia um pequeno trecho de uma fala ou pensamento que se conectava a cena fotografada. Esses trechos faziam críticas, eram irônicos ou apenas falavam uma realidade. As fotos também mostravam um luxo exacerbado que refletiam, as vezes, uma alma vazia, pelo menos ao meu ver. Apesar disso, essa exposição no Tate Britain me chamou muita atenção pelo fato de mostrar um grupo muito elegante que, junto ao efeito preto e branco, transmitiam claramente uma essência clássica.
A partir disso, já tinha minha inspiração, bastava selecionar uma grife e uma estação do ano para iniciar o processo criativo. Como a essência era clássica, não pensei duas vezes, escolhi Chanel. Já a estação, pensei em outono/inverno, pois nada mais clássico que grandes casacos e blazers estruturados. Após a visita, a professora reuniu todos na entrada do museu para anotar as grifes escolhidas e orientar a próxima etapa.
Deveríamos pesquisar no pinterest, para a próxima aula, imagens que lembrassem a essência da obra escolhida. As fotos poderiam ser de roupas, acessórios, lugares, arquitetura, arte e tudo que se conectasse a nossa inspiração. Depois dessa aula, ainda estava cedo, decidi passar na Oxford Street com a Ju para comprar algumas roupas. Deixei para ir várias vezes, pois não queria comprar tudo de uma vez só, muito menos sair carregada de sacolas.
Além disso, estava a procura de um casaco, pois havia colocado na minha cabeça que precisava comprar um e era necessário ser preto. Infelizmente não foi desta vez que consegui comprar o casaco, mas pelo menos passeei e me diverti. Logo após as compras, fui correndo para casa para não perder o jantar. A família era pontual, às 19:30 já estavam todos em volta da mesa para jantar juntos, portanto, não era delicado atrasar. Por sorte cheguei a tempo e consegui jantar com eles. Gostava muito disso, pois eles eram muito comunicativos e desejavam saber como havia sido o meu dia, abrindo uma grande possibilidade de praticar inglês.
Gentlemen
Belgravia
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Segunda vez no Tate Britain Na sexta-feira, além da aula de inglês no período da manhã, tive a...
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Gabi Freitas | setembro 3, 2015
Intercâmbio: King’s Cross
Tate Britain
Quinta-feira foi um dia cheio, logo pela manhã minha turma de inglês resolveu ir ao famoso e tradicional Tate Britain. Um museu britânico que expõe inúmeras obras de arte dos mais famosos artistas da Inglaterra. Uma das coisas que mais chamam atenção dos que o visitam é a sua rica arquitetura e a galeria reservada apenas para obras do artista William Turner. O museu é localizado em um bairro nobre de casas bem tradicionais e é próximo a estação Pimlico de metrô, portanto, é de fácil acesso.
A aula seria no museu, pois no dia seguinte teríamos que fazer uma apresentação da obra que mais gostamos. Fui a esse museu duas vezes, uma na aula de inglês e a outra na aula de moda. Nessa primeira vez, conheci apenas uma parte do museu. A coleção de William Turner e a parte das obras clássicas e antigas foram as visitadas, apesar de eu ter entrado em uma pequena sala e encontrado uma seleção de fotografias em preto e branco. Conto um pouco mais sobre essa galeria quando relatar o segundo dia do curso de moda. Enfim, as obras eram maravilhosas e várias demonstravam uma sensibilidade extraordinária.
King’s Cross Station
Após o passeio ao museu, voltei a Holborn para encontrar a Juliana na faculdade. Nós estavámos em níveis diferentes nas aulas de inglês, por isso não ficamos o tempo inteiro juntas. Saímos para buscar o almoço em um fast-food natureba e voltamos para almoçar na faculdade. Almoçamos com duas colegas. Uma delas era a Wakana, uma japonesa de vinte e três anos e a CC, uma chinesa de vinte e cinco. Começamos a conversar sobre o que fazer a tarde, pois tinhamos o dia livre. Decidimos visitar a King’s Cross Station, local onde tem a plataforma 9 3/4 do filme Harry Potter.
Terminamos o almoço e fomos em direção a King’s Cross. Ninguém sabia ao certo como chegar, então sempre pedíamos informações. Ao chegar na estação, nos perdemos, pois era uma enorme estação de trem. A arquitetura era incrível, por fora era bem tradicional e por dentro havia um teto cheio de curvas bem modernas. Encontramos a parede com a placa e tiramos as fotos. Havia uma lojinha do Harry Potter ao lado, então entramos para olhar as bugingangas.
ST. Martins e Bairro
Depois da visita a King’s Cross Station, que foi um tanto rápida, decidimos caminhar até a Saint Martins, faculdade afiliada a UAL a qual nós tinhamos livre acesso. As meninas queriam conhecer a biblioteca que diziam ser extraordinária. Ela possui, além de vários livros relacionados a moda e arte, todas as edições de vários países das revistas de moda mais famosas como Elle e Vogue. Entretanto, até chegar a esse paraíso das artes, andamos muito pelas ruas do bairro em volta, pois não estavámos encontrando a faculdade.
Achei maravilhoso, pois andei por lugares diferentes, tirei boas fotos e conheci um pouco da cidade. Acho que conhecemos uma cidade quando andamos pelas ruas e não apenas quando visitamos os pontos turísticos, portanto, fiquei fascinada com tudo aquilo. Após dar várias voltas, chegamos a faculdade. A estrutura era gigante, muito maior que o London College of Fashion. Só a biblioteca tinha dois andares, haviam salas de costura, de artes, de trabalhos com madeira, além de papelarias e um grande pátio com mesas de ping-pong para os estudantes se distraírem durante o tempo livre. Ficamos um tempo por lá explorando os livros e depois deixamos a Wakana e a CC na biblioteca.
Seguimos, eu e a Juliana, de volta a Holborn, pois queríamos passar na Boots para comprar uns produtos para o cabelo. Logo em seguida fomos a uma loja chamada New Look. Essa é uma das lojas que é possível encontrar em qualquer lugar em Londres. Em questões de estilo e preço fica entre a H&M e a Topshop. Gostei muito das roupas, haviam peças diferentes e com um preço acessível. Após este dia corrido com visitas ao Tate Britain, King’s Cross Station e ST. Martins, voltei cansada para casa e animada, pois tinha várias fotos para editar.
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Tate Britain Quinta-feira foi um dia cheio, logo pela manhã minha turma de inglês resolveu ir ao famoso...
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Gabi Freitas | agosto 27, 2015
Intercâmbio: Aulas de Moda 1
Como foi o dia
Foi em uma quarta-feira a minha primeira aula de moda. O curso ocorria duas vezes por semana no horário da tarde. Diferente do curso de inglês, não haviam aulas todos os dias e a faculdade era outra. Enquanto o Language Center ficava na UAL de Holborn, o curso de Tendências e Design ocorria no London College of Fashion, uma das faculdades da UAL. A estação mais próxima era Bethnal Green, mas ainda era necessário pegar um ônibus para chegar ao local.
Como era a primeira semana de aula para o pessoal que estava junto comigo, uma das funcionárias do Language Center marcou, após o almoço, de nos levar até o local do curso para aprendermos o caminho. Nos encontramos com ela e fomos. A faculdade ficava em um bairro um pouco afastado da loucura do centro e já que era mais reservado, foi possível perceber particularidades, era um pouco mais Londres.
Falo isso, pois quando estamos no centro das grandes cidades, percebemos o impacto da globalização. Em questões comportamentais, por exemplo, não haviam muitas diferenças, pois todos andavam rápido a caminho do trabalho, uns lendo livros, outros escutando músicas e vários mexendo no celular. Ou seja, as peculiaridades da cultura são deixadas de lado no cotidiano, transparecendo apenas o padrão criado pelo mundo globalizado que faz todos os centros urbanos do planeta possuírem características semelhantes. Entretanto, vamos voltar às características do bairro.
O bairro e as aulas
O bairro da faculdade era simples. Havia mercadinhos, pequenas lanchonetes e restaurantes e várias casinhas. O ônibus levava dez minutos para chegar próximo a faculdade. Ao chegar, foi fácil identificar as diferenças entre o centro e o bairro. O edifício no centro era um prédio com cinco andares, já a faculdade no bairro tinha apenas três andares, sendo possível subir apenas pelas laterais. Tinha uma pegada bem industrial, aliás, era onde os designers colocavam a mão na massa desenhando e costurando.
Entramos na faculdade e fomos para a sala indicada. A professora ainda não havia chegado, portanto, ficamos conversando e olhando os computadores e melhores máquinas de costura a nossa volta. Fiquei um pouco assustada, pois não sabia desenhar, muito menos costurar. Passaram-se alguns minutos e a professora entrou na sala, ela foi atenciosa e desejou saber um pouco sobre cada aluno. Fizemos uma pequena apresentação falando nosso nome, país de origem e o que estavámos fazendo em Londres. Após a pequena apresentação, ela contou um pouco sobre sua vida e introduziu a aula falando sobre o mercado da moda. Depois ela explicou como é feito todo o processo de criação de tendências e o design, basicamente o que iríamos fazer.
A primeira aula foi bem expositiva, não colocamos nada em prática, entretanto, isso não foi um problema, pois adoro estudar a parte teórica. Após a aula, conheci mais alunos, inclusive uma brasileira chamada Juliana. Ficamos a viagem inteira juntas. Conheci mais pessoas da China, Itália, Espanha e Korea do Sul. A diversidade era grande, entretanto, a massa era de asiáticos recém formados na faculdade. Muitos eram mais velhos, eu era a mais nova da turma, tanto de inglês quanto de moda. Isso não foi um problema, pois, por serem mais velhos, tinham visões diferentes.
Conversamos um pouco, trocamos contatos para marcar passeios e fomos em direção ao ponto de ônibus, pois já estava anoitecendo e não tinha muito o que fazer. Voltei para casa feliz, pois estava fascinada com tudo que a professora havia dito sobre o universo fashion e fiquei empolgada com toda a estrutura que a faculdade oferecia para criar tudo o que desejasse. Enfim, o dia foi de estudos, mas nem por isso um dia perdido, afinal, faltava muito tempo até a volta para o Brasil.
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Como foi o dia Foi em uma quarta-feira a minha primeira aula de moda. O curso ocorria duas...