All posts tagged "Intercâmbio"
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Gabi Freitas | setembro 7, 2016
Como é a comida em Londres
Na casa
Um dos principais fatores que preocupam os brasileiros nas viagens fora do país com certeza é a comida. Na Inglaterra então, sempre acham que os pratos serão carregados de feijões enlatados e regados a óleo por conta do tradicional Fish and chips. Entretanto, a realidade que vivencie foi outra. Claro que o fato da minha host mother ser cubana colaborou para sempre haver saladas, sopas, frangos e peixes grelhados. Isso mesmo, não havia fritura todos os dias.
Por isso, posso dizer que tive muita sorte, pois diferente de algumas amigas, gostei muito da comida que a família cozinhava no dia a dia. Apesar da particularidade destes que me hospedaram, percebi que em Londres, principalmente na região mais central, as pessoas tentam levar uma vida saudável. A qualquer horário do dia, por exemplo, haviam pessoas correndo ou andando de bicicleta. Além disso, as pessoas eram magras e era difícil encontrar alguém acima do peso.
Fast-foods
Voltando ao assunto comida, não tive muitas dificuldades no horário de almoço. Essa era a minha única refeição fora da casa, pois quando fechei o pacote, me disseram que eu iria ter direito ao café da manhã e jantar todos os dias. Para não viver um mês em fast-foods como Subway e Mc Donald’s, decidi experimentar as redes de comida “natureba”que haviam a cada esquina, elas eram o EAT e o Pret a Manger.
O esquema dessas lojas é simples. Ao entrar existem várias geladeiras com sanduíches, sucos naturais, chás, sopas, saladas e macarrão, tudo dos mais variados sabores. Além disso, há uma parte com frutas no potinho, iogurtes com granola e doces como mousses. Após pegar tudo o que deseja, é só ir em direção ao caixa e pagar. Detalhe, na fila há prateleiras com barras de brownies, chocolates e cereais, também há saquinhos de frutas secas com ou sem chocolate e bolachas de arroz cobertas com chocolate amargo. No caixa, perguntam se desejamos algo a mais como doces ou café e se é para comer no local ou para viagem. O legal disso é que os preços variam dependendo da escolha, ou seja, caso deseja comer no local, o valor será um pouco maior em relação aos que pediram para viagem.
Passei o mês inteiro comendo nestes lugares, pois haviam saladas divinas (as que mais gostei foram a japonesa e árabe) e lanches na baguete realmente muito saborosos. Outra vantagem, além do sabor, é o fato da comida ser fresca. Todas as manhãs é retirado tudo o que sobrou do dia anterior e no lugar colocam a comida feita no mesmo dia. O Pret a Manger e o EAT serviam mais para o almoço, pois quando queríamos um café ou um docinho, íamos ao Café Nero ou o Costa Café que eram uma espécie de Starbucks, mas com a vantagem de não ser tão caro.
Apesar dessas opções, quem deseja realmente gastar pouco, pode optar pelos mercados. São excelentes, existem mercadinhos da mesma rede a cada esquina com pratos de comida ou lanches mais baratos em comparação as redes fast-foods. Outra coisa que também achei muito interessante foi o fato de não haver padaria, pois os mercados atendem super bem a demanda de pães, que aliás possuem um leque enorme de opções, e doces como cookies, brownies, cupcakes, bolos e todas as delícias de padaria.
Em relação a comida, o último fato que me chamou muita atenção foi a existência de várias redes de comida asiática no geral. Explica-se isso, talvez pela presença constante de asiáticos em Londres, na verdade não sei!
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Na casa Um dos principais fatores que preocupam os brasileiros nas viagens fora do país com certeza é...
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Gabi Freitas | outubro 23, 2015
Intercâmbio: Aula de Moda 3
Durante a manhã
Quinta foi um dia agitado, como havia agendado o pagamento de uma viagem bem no dia da aula de moda, foi tudo muito corrido. No dia anterior havia conversando com uma funcionária do Language Center que me indicou uma agência de viagens para intercambistas, ou pessoas que não quisessem desembolsar muita grana. Tinham quatro passeios durante o mês, um por final de semana, e os lugares eram Brighton, Cambridge, Oxford e Stonehenge and Bath. O destino do final de semana seria Brighton e era possível fazer o pagamento pela internet, entretanto, eu havia levado apenas dinheiro e precisaria pagar na agência. O único dia disponível para fazer isso era quinta, mesmo dia do curso de moda, no horário de almoço.
Tivemos que correr, pois a aula de inglês acabava 12:30 e a de moda começava às 14:00, portanto, tinhamos que almoçar, ir à agência, a qual não sabíamos ao certo onde era, e seguir para o curso de moda. Ficamos aflitas, mas ao final deu tudo certo. Achei incrível a facilidade que tive em andar pela cidade. Como havia metrô em todos os cantos, caso estivesse perdida, era apenas pegar um ônibus, pois certamente ele passaria perto de alguma estação. Claro que com a ajuda do google maps e de um aplicativo chamado Tube Map ficava tudo mais fácil, mas mesmo sem esses recursos é tranquilo andar pelas ruas por conta da boa sinalização e das pessoas que costumam ser gentis quando pedimos alguma informação.
A aula de moda
Após toda essa correria chegamos à aula de moda 10 minutos atrasadas, mas não fomos as únicas e, como era uma faculdade, a professora não se preocupou com o atraso contanto que não atrapalhássemos a aula. Essa terceira aula foi praticamente uma continuação da segunda. Continuamos procurando imagens inspiradoras para fazer a mood board, mas dessa vez tivemos que começar a eliminar o excesso para filtrar apenas as fotos necessárias e separá-las por tópicos em boards diferentes. Ao total teríamos que ter cinco mood boards, sendo uma com a inspiração e essência geral e as outras quatro mostrando os Key Elements que são a silhueta, os materiais, as estampas e os detalhes. O objetivo era terminar essa jornada, como a professora dizia, antes da próxima aula a qual iríamos apresentar a pesquisa ao grupo.
Como eu já sabia ao certo as imagens que iria utilizar, comecei a adiantar o processo montando as boards. A mais complicada foi a mood board das inspirações, pois haviam muitas fotos e tive que filtrar apenas as essenciais, mas apesar dos pequenos obstáculos a montagem foi bem tranquila. Infelizmente não consegui terminar tudo em aula, portanto, tive algumas tarefas de casa que provavelmente iria fazer no domingo.
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Durante a manhã Quinta foi um dia agitado, como havia agendado o pagamento de uma viagem bem no...
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Gabi Freitas | outubro 16, 2015
Intercâmbio: Saatchi Gallery
Saatchi Gallery
Quarta foi um dia interessante. Como minha aula de inglês foi na Saatchi Gallery, uma grande galeria que estava expondo uma exposição de Pop art chamada “East meets west” – Leste encontra o oeste, o dia foi diferente. No entanto além de visitar a galeria, ainda fui conhecer a famosa Carnaby Street, uma rua próxima a Oxford Street com diferentes lojas e pubs.
Vou começar falando da galeria. A Saatchi Gallery fica em uma região nobre de Londres e sua estação mais próxima é a Sloane Square da Circle Line. A entrada é gratuita e, pelo menos o dia em que visitei, não havia nenhuma exposição fechada que fosse preciso pagar um determinado valor. A galeria era grande e sua estrutura bem moderna, ela era divida em 19, ou 20 espaços não me lembro ao certo, que eram pequenas galerias, cada uma com uma exposição. Segui a numeração correta e comecei em uma sala onde haviam obras como sofás, portas pintadas e coisas que não faziam muito sentido. Percebi que algumas pessoas olhavam e comentavam que conseguiriam fazer aquilo facilmente, mas é equivocado pensar isso, pois o artista criou um conceito antes de expor a peça e é este conceito que faz a obra se tornar legítima.
Seguindo o caminho, entrei em uma sala onde haviam instalações. A primeira era um conjunto de panelas antigas penduras em meio a um fundo com duas pinturas penduradas na parede, o chão estava coberto por papelão. Do outro lado, era possível ver outra, desta vez um aspirador antigo com suas peças organizadas na frente. Achei muito interessante esta obra, pois de certa forma mostra que a organização e o caos andam juntos e, além disso, que em toda organização existe um pouco do caos.
Entrei em outra galeria, essa tinha ambientes decorados com móveis e quadros, além de uma parede totalmente coberta por papel de parede estampado. Segui em direção a outras salas, essas tinham quadros. O legal da Saatchi Gallery é isto, a variedade de expressões artísticas, ora em quadros, ora em instalações ou esculturas, havia de tudo e o que mais me surpreendeu foi uma sala no andar debaixo um tanto curiosa. Nesta sala tinhamos que parar logo em uma espécie de sacada, sendo possível observar apenas uma sala de chão preto, mas com aspecto de vidro. Entretanto, ao ler as informações da obra, descobrimos que a sala estava coberta por óleo.
Após me impressionar com a sala coberta por óleo, continuei vagando pelas galerias e cheguei nas partes de Pop art, a mais adorada por todos, e a oriental. Uma outra obra que me impressionou muito, foi a que havia em uma sala com o teto bem alto. Nela havia a bandeira de todos os países feitas de cola e cabelo humano. Pode parecer bizarro, mas o fato de ter sido tão trabalhoso impressiona a todos que ali passam. As últimas galerias que visitei eram bem críticas, haviam posters com perguntas profundas e uma escultura chamada Hero, Leader, God de Alexander Kosolapov que, ao meu ver, é bem irônica. Terminei a visita a Saatchi Gallery e voltei a universidade conversando com o meu professor de inglês, acabei encontrando minha amiga, almoçamos e fomos para a Carnaby Street.
Carnaby Street
Essa rua fica próxima a Oxford Street e é um dos lugares mais diferentes dessa região coberta de marcas famosas. A rua, na verdade um conjunto de ruas, possui vários “becos”que ao entrar, encontra-se lojas e pubs. Considero uma área diferente da região, pois nem todas as lojas são de marcas conhecidas e pelo fato de abrigar pubs e restaurantes com um ar mais calmo e aconchegante. Além disso, as lojas são coloridas e as vitrines bem decoradas. Andando pela rua, também haviam várias portas coloridas, adoro tirar fotos delas, e construções bem características, mas um tanto modernas.
Passeamos pelas ruas e entramos em várias lojas. Tinham lojas de roupas e sapatos que não conhecia, mas também tinham marcas famosas como Vans, MAC, Benefit e até mesmo Havaianas, sim encontramos uma Havaianas em Londres. A loja que mais gostei foi uma chamada Monki, além das roupas serem bem diferentes, os preços variavam muito tornando a loja acessível. Depois de passear pela Carnaby Street, minha amiga queria ir a Victoria’s Secret para comprar perfumes. Foi difícil achar a loja, nos perdemos inúmeras vezes, mas valeu a pena, pois o ambiente era enorme, haviam 5 andares, e tinham muitos produtos.
Terminamos o dia comendo no Ben’s Cookies, os soft cookies mais saborosos do mundo, e observando o movimento das pessoas voltando para suas casas após mais um dia de trabalho.
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Saatchi Gallery Quarta foi um dia interessante. Como minha aula de inglês foi na Saatchi Gallery, uma grande...
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Gabi Freitas | outubro 1, 2015
Intercâmbio: Victoria and Albert
Victoria and Albert Museum
Segunda foi um dia cheio, além da aula de inglês pela manhã, no período da tarde fui conhecer o Victoria and Albert, um museu que expõe peças relacionadas a moda e design. Sua localização é boa, ele fica na Cromwell Road que é uma rua cheia de museus. O V&A, por exemplo, fica ao lado do Natural History Museum. A estação mais próxima é a South Kensington da Piccadilly Line, portanto, para quem está no centro é muito fácil de chegar.
Após sair da estação e avistar o museu, não sabíamos qual era a entrada principal, então, seguimos o fluxo da excursão escolar que estava ocorrendo e entramos pela lateral. Ao entrar, havia um largo corredor com várias esculturas. Seguindo esse corredor, via-se entradas para outras salas. Uma das primeiras que entramos tinha uma grande exposição e uma linha do tempo da moda que mostrava a evolução das vestimentas femininas ao decorrer das décadas. No andar de cima estava exposto uma coleção de vestidos de noiva, mas não subimos para conferir, pois a fila era grande.
Seguindo o corredor, entramos nas salas relacionadas a design de interiores. O interessante é que a parte de design era dividida por continentes, ou seja, tudo que tivesse características e origens asiáticas estaria na sala direcionada ao design da Ásia. Ficamos mais tempo na parte oriental do que nas outras, pois haviam grandiosos tapetes e peças com uma riqueza inimaginável de detalhes.
Voltando ao corredor, olhamos as grandes janelas do museu e percebemos um grande pátio com uma fonte do lado de fora, mas como estava muito frio, decidimos continuar a visita por dentro do museu. Um detalhe interessante dos museus em Londres é o fato deles disponibilizarem a retirada de pequenos bancos para as pessoas poderem sentar pelas salas e corredores, pois muitos o visitavam para observar as obras e desenha-las.
Ao final do grande corredor, encontrava-se a loja do Victoria and Albert. Gostei muito das lojas dos museus que frequentei, pois são ótimos lugares para encontrar lembrancinhas simples e criativas para amigos e parentes. A do V&A então nem se fala, haviam várias peças de decoração, livros, e acessórios dos mais variados tipos, até latas de chá e biscoito tinham. Também achei muito interessante as prateleiras cheias de louças desenhadas a mão, apesar de lindas eram caras, mas não custava nada observar.
Depois do passeio e compras na loja do museu, fomos a caminho de Stratford, aquele shopping perto da casa onde estava hospedada, pois precisava comprar casacos e não estava achando o modelo que eu desejava em lugar algum. Passei o resto da tarde andando pela Forever 21 e achei os casacos, mas estava na dúvida em qual levar. Acabei escolhendo um sobretudo preto. No shopping era tudo bem mais calmo, a não ser a Primark que era lotada em qualquer lugar, tinha mais opções de roupas e era possível experimentá-las sem ter que pegar uma enorme fila.
Comprei as roupas e voltei para casa, pois queria continuar a minha pesquisa para a Mood Board do curso de moda. Afinal estava bem animada, porque adoro fotografia e juntar as imagens de acordo com as minhas ideias para a coleção foi algo bem divertido.
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Gabi Freitas | agosto 27, 2015
Intercâmbio: Aulas de Moda 1
Como foi o dia
Foi em uma quarta-feira a minha primeira aula de moda. O curso ocorria duas vezes por semana no horário da tarde. Diferente do curso de inglês, não haviam aulas todos os dias e a faculdade era outra. Enquanto o Language Center ficava na UAL de Holborn, o curso de Tendências e Design ocorria no London College of Fashion, uma das faculdades da UAL. A estação mais próxima era Bethnal Green, mas ainda era necessário pegar um ônibus para chegar ao local.
Como era a primeira semana de aula para o pessoal que estava junto comigo, uma das funcionárias do Language Center marcou, após o almoço, de nos levar até o local do curso para aprendermos o caminho. Nos encontramos com ela e fomos. A faculdade ficava em um bairro um pouco afastado da loucura do centro e já que era mais reservado, foi possível perceber particularidades, era um pouco mais Londres.
Falo isso, pois quando estamos no centro das grandes cidades, percebemos o impacto da globalização. Em questões comportamentais, por exemplo, não haviam muitas diferenças, pois todos andavam rápido a caminho do trabalho, uns lendo livros, outros escutando músicas e vários mexendo no celular. Ou seja, as peculiaridades da cultura são deixadas de lado no cotidiano, transparecendo apenas o padrão criado pelo mundo globalizado que faz todos os centros urbanos do planeta possuírem características semelhantes. Entretanto, vamos voltar às características do bairro.
O bairro e as aulas
O bairro da faculdade era simples. Havia mercadinhos, pequenas lanchonetes e restaurantes e várias casinhas. O ônibus levava dez minutos para chegar próximo a faculdade. Ao chegar, foi fácil identificar as diferenças entre o centro e o bairro. O edifício no centro era um prédio com cinco andares, já a faculdade no bairro tinha apenas três andares, sendo possível subir apenas pelas laterais. Tinha uma pegada bem industrial, aliás, era onde os designers colocavam a mão na massa desenhando e costurando.
Entramos na faculdade e fomos para a sala indicada. A professora ainda não havia chegado, portanto, ficamos conversando e olhando os computadores e melhores máquinas de costura a nossa volta. Fiquei um pouco assustada, pois não sabia desenhar, muito menos costurar. Passaram-se alguns minutos e a professora entrou na sala, ela foi atenciosa e desejou saber um pouco sobre cada aluno. Fizemos uma pequena apresentação falando nosso nome, país de origem e o que estavámos fazendo em Londres. Após a pequena apresentação, ela contou um pouco sobre sua vida e introduziu a aula falando sobre o mercado da moda. Depois ela explicou como é feito todo o processo de criação de tendências e o design, basicamente o que iríamos fazer.
A primeira aula foi bem expositiva, não colocamos nada em prática, entretanto, isso não foi um problema, pois adoro estudar a parte teórica. Após a aula, conheci mais alunos, inclusive uma brasileira chamada Juliana. Ficamos a viagem inteira juntas. Conheci mais pessoas da China, Itália, Espanha e Korea do Sul. A diversidade era grande, entretanto, a massa era de asiáticos recém formados na faculdade. Muitos eram mais velhos, eu era a mais nova da turma, tanto de inglês quanto de moda. Isso não foi um problema, pois, por serem mais velhos, tinham visões diferentes.
Conversamos um pouco, trocamos contatos para marcar passeios e fomos em direção ao ponto de ônibus, pois já estava anoitecendo e não tinha muito o que fazer. Voltei para casa feliz, pois estava fascinada com tudo que a professora havia dito sobre o universo fashion e fiquei empolgada com toda a estrutura que a faculdade oferecia para criar tudo o que desejasse. Enfim, o dia foi de estudos, mas nem por isso um dia perdido, afinal, faltava muito tempo até a volta para o Brasil.
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Gabi Freitas | maio 2, 2015
Intercâmbio: Convent Garden e Piccadilly Circus
Primeiros dias e Host Family
Após doze horas de vôo, desembarquei no aeroporto de Londres. Era uma tarde fria de domingo e eu estava bem cansada, pois não tinha conseguido dormir no avião. Quando desembarquei, passei pela imigração e peguei as minhas malas, ao sair tive outra surpresa, o transfer havia ido embora. Os motivos são simples, o avião demorou para decolar no Brasil e o aeroporto de Londres é enorme, então o desembarque durou aproximadamente uma hora. No final deu tudo certo, arranjei um telefone e liguei para a empresa para solicitar a volta do motorista.
Uma hora se passou e ele chegou, colocamos as malas no carro e fomos em direção a Snaresbrook, bairro onde a host family morava. Levamos quase duas horas para chegar na casa, pois o aeroporto ficava ao lado oeste da cidade e a casa ao lado leste. Ao chegar a família foi bastante acolhedora, conversaram comigo sobre as regras da casa e me apresentaram as crianças. Tive muita sorte, pois eles eram muito atenciosos e calmos. Já era noite, apenas jantei e arrumei as minhas coisas para o dia seguinte.
Amanheceu e eu não fazia ideia de onde era a estação de metrô, a universidade e como iria comprar o Oyster Card, espécie de bilhete único deles. Acabei pedindo ajuda para a família, eles me explicaram onde era a estação e me emprestaram um Oyster Card temporariamente. A estação era a duas quadras da casa, ao chegar carreguei o cartão do metrô e fui em direção a Holborn, estação mais próxima da universidade. Quando cheguei ao Language Center da University of the Arts London (UAL), precisei apresentar as documentações e fazer o teste de nível para saber em qual sala seriam as minhas aulas de inglês.
Depois de todo esse processo, reuniram todos os alunos que chegaram naquela semana para falar sobre os horários das aulas, as atrações da cidade e os cuidados que deveríamos ter ao passear por Londres. Um momento engraçado e um tanto constrangedor dessa reunião, foi quando perguntaram quem vivia em São Paulo. Naturalmente, levantei o braço e logo após, a mulher que estava explicando comentou que eu não precisava me preocupar com as instruções de segurança que ela acabava de passar, pois eu vinha de uma cidade bastante violenta. Há quem diga que apenas os brasileiros sabem fazer piadas, mas naquele momento, percebi que não somos os únicos.
Universidade, Convent Garden e Piccadilly Circus
Após todas as instruções, uma das funcionárias chamaram os alunos que eram menores de dezoito para conversar sobre as regras. Não poderíamos chegar após às onze da noite, muito menos viajar para algum país vizinho e deveríamos sempre assinar um papel ao chegar na classe. Também me entregaram os horários das aulas e as especificações do curso de moda, algo que desconhecia, pois quando fechei a viagem sabia que o curso era English plus Fashion, mas não sabia os detalhes. Para minha surpresa, era um curso de Tendências e Design duas vezes por semana no período da tarde, ou seja, teria desenho envolvido. Em todo esse período, conheci os professores e alguns alunos e depois de tudo, fui almoçar com três garotas de Taiwan que havia acabado de conhecer.
Fomos em direção ao Convent Garden um lugar cheio de lojas, restaurante e até mesmo barraquinhas de antiguidades e bugingangas. Almoçamos Fish and Chips (peixe e batata frita), prato tradicional na Inglaterra servido com molho e ervilhas. O restaurante era bem reservado e parecia uma caverna, o clima era a luz de velas, portanto, bem aconchegante algo muito bom para um dia que estava fazendo -1C°. Depois do almoço passeamos pelas lojinhas e seguimos para o Piccadilly Circus.
Convent Garden
Andamos pelas ruas entrando de loja em loja e tirando foto de todas as coisas interessantes que apareciam. Após tanto andar, chegamos ao M&M World. A loja era incrível, havia cinco andares e várias decorações que mostravam a junção dos M&Ms com alguns símbolos de Londres como o ônibus de dois andares e a famosa Abbey Road. A quantidade de produtos era variada, vendiam roupas, acessórios, almofadas, toalhas e é claro muito chocolate. Após uma hora na loja, seguimos para a Boots, farmácia muito famosa na Inglaterra. O interessante dessa farmácia é a variedade de produtos para cabelos, maquiagens e esmaltes. Comprei apenas alguns produtos para o cabelo, pois era o início da viagem e não queria gastar dinheiro. Meu primeiro dia havia acabado e voltei para Snaresbrook, pois queria jantar com host family para conhecê-los melhor.
Piccadilly Circus
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Primeiros dias e Host Family Após doze horas de vôo, desembarquei no aeroporto de Londres. Era uma tarde...
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Gabi Freitas | maio 1, 2015
Intercâmbio: Londres
Possuir um passaporte cheios de carimbos e inúmeras fotos retratando lugares são algumas das provas que mostram como viajar é um dos melhores programas que uma pessoa pode fazer na vida. Com certeza, esse comentário é mais um dos clichês sobre viagens, aliás, até mesmo o ato de afirmação do clichê se torna clichê. Mas com brincadeiras a parte, vou mostrar um pouco a vocês de como foi cada dia da minha viagem a Londres. O por quê de ter escolhido essa cidade, o que eu fiz, onde me hospedei, qual curso escolhi…exatamente tudo sobre o intercâmbio. Entretanto, não vou considerar um diário, pois viajei em fevereiro e voltei no começo de março, portanto vou defini-la apenas como relatos de uma viagem.
Viagem que viajei, literalmente e mentalmente, que fui desafiada. Também a qual desenvolvi ideias e adquiri conhecimentos que se fixaram. Conheci pessoas e lugares incríveis e estudei algo que gosto muito. Enfim, apesar de serem apenas relatos de um intercâmbio vou a fundo para mostrar todo esse processo que me inspirou muitas coisas, até mesmo montar uma nova proposta para o blog. Com muitas fotos dos lugares e detalhes que mais me chamaram atenção, quero mostrar um lado diferente de Londres. Espero que gostem dessa série de posts e que assim como eu percebam que qualidade de vida nem sempre é ter tudo em nosso país, mas sim se desprender das coisas que admiramos para abrir a mente para novos mundos.
Como planejei ir para Londres
Um ano antes da viagem comecei a pesquisar e ir em agências de intercâmbio. Ao visita-las, procurava me informar sobre as cidades, as universidades e os cursos que elas ofereciam. Minha primeira opção era Londres, desde o início, então escolher a cidade não foi uma tarefa difícil, mas me informei também sobre Nova York, pois não desejava ficar no interior. Pela falta de curso e acomodação, Nova York acabou ficando de lado. Após ver algumas outras opções como Canadá e cidades do interior da Inglaterra, apenas para conhecer as propostas, acabei escolhendo Londres. Escolhi a cidade, pois a muito tempo desejava conhecê-la, além disso, a STB me ofereceu um programa com um diferencial.
Seria um mês morando em Londres estudando inglês e MODA. No início estranhei, pois achava que intercâmbios eram apenas para estudar inglês. A vantagem me agradou e não hesitei, comprei as passagens e fechei o intercâmbio. Claro que tudo isso foi após conversar com os meus pais, ver orçamentos e se informar melhor sobre a universidade.
Não precisei de visto, pois passei apenas um mês em Londres. Se não me engano, o visto é necessário apenas para quem permanece três meses ou mais. Apesar dos preparativos terem sido tranquilos, o início da viagem não foi tão calmo assim. Ao chegar no Aeroporto para fazer o check-in, os funcionários informaram que não havia mais assentos livres no vôo. Fiquei aflita, pois, além de ter planejado tudo durante um ano, precisava embarcar naquele mesmo dia. O planejado era chegar em um Domingo para Segunda-feira já ter o primeiro dia de aula, dia mais importante segundo a agência. No final deu tudo certo e conseguiram arranjar um lugar no vôo.
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Possuir um passaporte cheios de carimbos e inúmeras fotos retratando lugares são algumas das provas que mostram como...